Até o mata-mata da Libertadores, Cássio nem parecia ter 1,95m. Ninguém destacava sua altura ou o notava nos treinos. Poucos acreditavam que ele sequer desbancasse Danilo Fernandes como primeiro reserva de Julio Cesar.
Mas o Gigante da Fiel começou a ser admirado e respeitado a partir das oitavas de final contra o Emelec, no Equador. E, nesta quarta-feira à noite, na final da Libertadores contra o Boca Juniors (ARG), pode parecer o maior de todos. Pode ser São Cássio.
– A gente quer muito esse título. Vejo o carinho do torcedor na rua. Vamos trabalhar forte e estamos preparados – afirmou.
Assim começou a trajetória de um algoz histórico do Timão, mas exemplo para os goleiros brasileiros: Marcos. Foi no último jogo da fase de grupos da Libertadores de 1999 que ele assumiu a vaga do lesionado Velloso e depois se tornaria o titular da meta alviverde.
Nas quartas de final contra o Corinthians, operou milagres nos dois duelos. O maior de todos estava guardado para a decisão por pênaltis, ao defender a cobrança de Vampeta. Nasceu São Marcos.
O titular da meta alvinegra ganhou a condição de titular depois que Julio Cesar falhou na oitavas de final do Paulistão contra a Ponte Preta, o que ajudou na eliminação da equipe na competição.
Até o jogo contra o Emelec, só havia atuado uma única vez, com a equipe reserva, diante do XV de Piracicaba. Mas o gigante não se intimidou. Logo nas primeiras partidas ele mostrou que vingaria.
Sua “canonização”, assim como Marcos, foi nas quartas. Diante do Vasco, salvou com a ponta dos dedos um chute de Diego Souza, cara a cara, na metade do segundo tempo, quando a partida estava 0 a 0. Gol que poderia ser o fim do sonho.
Cássio se diz especialista em cobrança de pênaltis e estará preparado caso a partida termine empatada novamente no Pacaembu.
Em sete partidas na Libertadores, o camisa 24 sofreu apenas dois gols (o de Neymar, na semi, e o de Roncaglia, na última quarta). Agora, é a hora de ser ainda maior. E parecer o maior de todos os tempos..
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