Blog do Sormani
ENQUANTO OUTROS CLUBES FAZEM DEMAGOGIA, CORINTHIANS GANHA DINHEIRO

Seus dirigentes sabem muito bem que hoje em dia não há mais espaço para amadorismo no futebol. Tratam o Corinthians como se fosse a empresa
onde trabalham e que nela buscam o lucro para a subsistência.

No Parque São Jorge, por exemplo, não há lugar para demagogia ou ações populistas.
Um estádio foi erguido na Zona Leste da cidade de São Paulo e custou uma fortuna. Até este momento nada foi pago, mas o Corinthians pretende e vai pagá-lo.
Luis Paulo Rosenberg, uma das cabeças pensantes do clube, disse no Fox Sports Rádio, programa da Fox Sports do qual participo, que o Corinthians precisa faturar entre R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões por jogo para que o clube pague o estádio em no máximo oito anos.
Para que isso seja possível, não dá para fazer caridade com os ingressos, como os demais clubes brasileiros fazem. Nem caridade e nem demagogia.
Futebol custa caro — um estádio como o Itaquerão mais ainda.
A renda de ontem na vitória diante do Internacional por 2-1 somou assombrosos R$ 2.556.585,50. O público foi de 32.817.
O mais importante está aqui: a média do ingresso foi de R$ 78,17. E mesmo assim havia quase 33 mil pessoas num jogo que começou às 19h30, num horário em que muito torcedor ainda se debatia com o transporte por conta da saída do trabalho.
Como eu disse acima, isso não acontece por acaso. Os corintianos que administram o clube neste momento são competentíssimos.
Existe um projeto, o chamado Sócio Torcedor, que privilegia seus associados no momento da compra dos bilhetes. E eles são vendidos online. O fã não tem que enfrentar fila, cambista e coisa que o valha para adquirir um tíquete.
Os sócios têm privilégios não apenas no momento da compra, mas têm descontos também se compram um pacote.
Por exemplo: quem comprou ingresso para o jogo contra o Internacional e também para os dois próximos na arena corintiana, contra Bahia e Palmeiras, ganhou desconto de 40% em cada bilhete. E o resultado disso é que três dos seis setores disponíveis do Itaquerão estão com seus lugares todos vendidos.
Depois de dez rodadas do Campeonato Brasileiro da Série A, o Corinthians aparece em primeiro lugar no ranking de público e renda, mas muito à frente do segundo colocado.
O Corinthians tem a melhor média de público do campeonato com 28.854 pagantes por jogo. Depois vem o Fluminense, com 24.538.
Mas vejam a diferença: o Corinthians já arrecadou em seus seis jogos como mandante R$ 10.665.341,70, enquanto que o Fluminense amealhou R$ 2.110190,00 — quase cinco vezes menos!
Quem mais arrecadou depois do Corinthians foi o Flamengo, com R$ 3.463.310,00. Vejam: o time carioca faturou quase três vezes menos do que o paulista!
A média de renda do Corinthians, como mandante, neste Brasileiro, é de R$ 1.777.556,95. Em segundo lugar aparece o Flamengo com R$ 577.218,33.
A diferença é abissal. Em todos os quesitos.
O São Paulo, o terceiro time com maior torcida no futebol brasileiro, tem média de renda de R$ 352.892,40. Sua média de público é de 23.991.
O tíquete médio do Corinthians sai por R$ 61,61. Do Flamengo, R$ 45,92, enquanto que o São Paulo brinca com este importante componente de receita e vende seus ingressos a R$ 14,71.
Não, não estou propondo a elitização do futebol. O que proponho é uma visão profissional.
Um estádio de futebol tem que ser fatiado. Ingressos populares serão evidentemente vendidos, mas não podem ser a maior parte.
Têm que responder por uma fatia pequena, como acontece em toda a Europa. Quantos por cento? Não sei, só um estudo poderá dizer.
E se alguém tiver preguiça para estudar a matéria, que pelo menos dê uma ligada para o Parque São Jorge e tente obter informações com os corintianos, pois eles já fizeram a lição de casa há algum tempo.
E o resultado disso será visto em no máximo duas décadas.
Cobrem-me.
fonte : terra.com.br
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