Matéria do Blog do
Marcondes Brito da BAND.COM
Nem Arena Corinthians, nem Itaquerão, nem Fielzão, o sonho de ter um grande estádio, quando surgiu, 35 anos atrás, deveria chamar-se Coringão. É o que revela reportagem do “Coração”, jornal dedicado aos corintianos que me foi enviado pela leitora Di Bonetti (aquela que ganhou o sorteio da camisa autografada por Ronaldo Fenômeno, no mes passado). Leia trechos da reportagem, publicada em novembro de 1977:
“O futuro estádio do Corinthians é um imenso vale. Um vale profundo e extenso, dominado ainda pelo verde. É também um lugar privilegiado, um “palco natural” para os grandes espetáculos que o Corinthians pode proporcionaar: as encostas abruptas são as arquibancadas sem concreto e, no fundo, o terreno sagrado, onde vão perfilar nossos heróis. O privilégio é tanto que o cenário exalta ainda mais a magnitude do futuro templo do Corinthians. Ao fundo aparece nítido o recorte da Serra da Mantiqueira, que escora o vento e joga uma brisa suave, fresca, de muito oxigênio, aos corintianos da Vila Aricanduva, Jardim Adelaide, Itaquera e principalmente a Cidade AE Carvalho, onde se erguerá o Coringão. Pelo menos é este o terreno onde Vicente Mateus e mais um grupo de assessores e técnicos visitaram há duas semanas. E como o próprio presidente insiste em dizer, o ‘negócio está praticamente acertado com o governador Paulo Egydio Martins, faltando apenas alguns detalhes’… O sonho de Mateus é construir um estádio semelhante ao Azteca, da Cidade do México, todo coberto e com estacionamento no interior… Tocado pelos soberbos slogans ‘o maior estádio do mundo’ (para o Maracanã), ‘o maior estádio particular do mundo’(para o Morumbi); além de abundantes aumentativos ‘Mineirão’, ‘Pelezão’, ‘Castelão’…, Mateus prometeu construir um estádio maior que o Maracanã, com capacidade para 200 mil pessoas. Pode parecer um exagero, mas não é. Além da torcida corintiana ser a maior do Brasil e também do mundo, ela não para de crescer, em todos os lugares. Mas a cidade cresce em direção ao Leste mais do que em outras regiões e terá, no total, daqui a 23 anos – segundo pesquisa da Organização Mundial do Trabalho – mais de 20 milhões de habitantes. Na maioria corintianos… O certo é que a Zona Norte – hoje perto de 3 milhões de habitantes – só vê benefícios para a região e para o Corinthians que busca a explosão da felicidade na Terra”.
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